Sunday, February 20, 2005

Angel

Teceira parte de minha cronica, leia antes os contos "Despertar" (1ª parte) e "Eu, Sniper" (2ª Parte)


- Senhor Taka, seja bem-vindo à SAS Internacional, nós somos um órgão de inteligência mundial não governamental.
- Hun... Não Governamental... ?
- A partir deste momento você é um SAS Co-Op.
- SAS o quê?
- Um agente da SAS...
- Eu sou Freelancer...
- Não mais, caso não se lembre, mas sua ultima missão para a Yakusa de Tókio fracassou...
- O quê?
-Você foi morto, ou quase, nos da SAS te resgatamos e utilizando biotecnologia e nanocomputadores, reconstituímos seu tecido cerebral e...
Enquanto ela me explicava o funcionamento da “empresa”, de como eu devia minha vida a eles, caminhávamos por um longo corredor metálico, como os outros quatros em que já estivemos, o nome da Doutora era Ananda, ela era brasileira, pude perceber pelo seu “sotaque”...
- Chegamos Sr. Taka...
- Pode me chamar de John... Mas, chegamos onde exatamente?
- Você irá conhecer neste momento outro integrante da equipe. Seu nome é Aisha... Preste muita atenção atenção...
Neste instante, em uma das paredes metálicas, uma fenda surgiu, revelando por um vidro uma sala com decoração oriental. Em seu interior encontravam-se cerca de 40 homens armados com Katanas e Bastões de Bambu polido, eles formavam um círculo desproporcional e em seu interior, uma mulher...
Loira, de olhos verdes e suaves, um rosto com finos traços ocidentais, sem marcas, com uma expressão de melancolia, um pouco de tristeza, mista de uma enorme felicidade contida, seu corpo é algo quase escultural, sem muitos adornos, um pequeno busto lhe dava um toque de sensualidade juntamente com o frágil abdome e os finos braços com mãos delicadas e macias em seu final, possuía uma pele branca, longas pernas. Quadris finos, formando assim uma silhueta simétrica, dava a idéia de ser uma mulher comum, frágil, porém seu sorriso me inspira uma brutal força psicológica.
Por um instante, pude perceber uma olhadela em minha direção, os homens começaram o ataque, eles se dividiam em 6 grupos menores, alternando seus componentes, desferiam golpes vorazes, sempre almejando a cabeça e pescoço, a linda mulher parecia bailar entre os homens, como numa valsa, desviava-se com o mínimo esforço, sua arma era um misto de lança longa com duas lâminas em cada ponta, o cabo se subdivida em três pontos, unidos por pequenas correntes.
Após alguns instantes, ela lançou-me um olhar profundo através do vidro, um olhar profundo, senti que ela escaneava minha alma, neste instante ela me sorriu...
Com o olhar fixo nos meus, num poderoso impulso, ela girou sua arma e decapitou dois homens que ali estavam, em seguida lançou a ponta metálica no abdome de outro. Agora, parecia que a coisa tinha se tornado pessoal, os homens abandonaram a foracão inicial e partiram em direção da jovem, ela se defendia com extrema naturalidade e a cada movimento um deles sucumbia, o sangue se espalhava pelo ar tomando a forma de minúsculas gotículas que pairavam e formavam uma fina névoa vermelha ao seu redor. Ela dançava dentro os corpos e sangues, dançava para mim...
Em pouco tempo todos os homens estavam mortos, e seu rosto continuava intocado, alvo, sem sequer uma mancha de sangue ou gota de suor. Ela era perfeita. Era pura poesia. Era um Anjo...

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