Saturday, February 19, 2005

Despertar

Este tem por intuito ser o p primeiro de uma série de "contos" que vão subjazer alguns tópicos filosóficos por mim pensados... Alguns, porém podem não conter nada de filosófico.
Tudo depende do "referencial".


Begin.

E se iniciou um calorzinho, macio, tenro, igual ao de quem toma um bom conhaque nas gélidas noites de Nova York.
Teve o começo em seu peito e logo começou a se espalhar pelo corpo, foi tomando o abdome, o pescoço, ombros e cintura, prosseguiu pelas pernas e braços, alcançando o rosto, mãos, pés e dedos, veio àquela sensação macia, aconchegante invadiu o cérebro e...
(Dum-Dum)...
(Dum-Dum)...
(Dum-Dum)...
Como se algo cortante, vazasse por dentro de cada víscera, cada veia de seu corpo, como se navalhas perambulassem pela corrente sanguínea e milhares de agulhas penetrassem em seu corpo. A dor se fazia insuportável, esforço inútil era gritar, a voz não se dissipava pela garganta, e se debater, os membros estavam presos, sem vida... Aos poucos a dor de dissipava pelo seu centro neural.
Foi quando tentou respirar, não conseguia, um imenso sentimento de pânico se instalou dentro dele, tentou novamente, em vão... Mais uma vez, nada... E outra, um líquido lhe invadiu as narinas provocando queimação por dentro de seu rosto, foi até o pulmão e seu corpo começou a rejeitar violentamente aquele líquidoque num estalo se reverteu em ar... Era como respirar no ar, seu corpo se aquietava, sua mente aliviada parecia se recuperar daquele episodio...
Ele abrira os olhos, não enxergava, uma imensa luz ofuscava sua visão, lhe queimava a retina, seus ouvidos começaram a zunir em estalos, era insuportável a combinação da luz ao som.
Lentamente, ele foi assimilado a claridade e o zunido se dissipando no ar...
Ele caiu, sucumbiu, seu corpo não o se aguentava... Sentia o frio do chão de metal. Duro
Ele Despertou.

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